2. Que tipos de diabetes existem?
A classificação atual proposta tem como base a etiologia, ou seja, a causa.
– DM1: resultado da destruição das células beta-pancreáticas
Pode ser: autoimune ou idiopática (sem causa conhecida)
– DM2: defeitos na ação e na secreção de insulina (a maioria tem sobrepeso ou obesidade; pode aparecer em qualquer idade, mas é geralmente diagnosticado após os 40 anos); é o tipo mais comum
– DM gestacional: qualquer intolerância à glicose, de magnitude variável, com início ou diagnóstico durante a gestação
– Outros tipos específicos de DM:
Defeitos genéticos na função das células beta, defeitos genéticos na ação da insulina, doenças do pâncreas exócrino, endocrinopatias, induzido por medicamentos ou agentes químicos, infecções.
3. Como prevenir o diabetes mellitus?
A prevenção protege indivíduos suscetíveis de desenvolverem o DM. Atualmente, a prevenção do DM1 não tem uma base racional que possa ser aplicada a toda a população. Quanto ao DM2, há necessidade de intervenções abrangendo as múltiplas anormalidades metabólicas relacionadas: obesidade, dislipidemia e hipertensão arterial. Os programas de prevenção do DM2 tem como base intervenções na dieta e na prática de atividade física, visando combater o excesso de peso.
4. Quais os sintomas?
Os sintomas mais frequentes de hiperglicemia são a poliúria (aumento do volume e frequência urinárias) e a polidipsia (aumento da sede). Porém, como esses sintomas não são exclusivos do diabetes mellitus, na suspeita da doença deve-se fazer a dosagem da glicemia, após um mínimo de 08 horas de jejum.
5. O diabetes mellitus tem cura?
O diabetes mellitus não tem cura. Ele tem controle. Uma vez feito o diagnóstico de diabetes mellitus, isto implica em diminuição de mais da metade da função pancreática. A doença precisa então ser controlada com tratamento, para o resto da vida da pessoa.
6. O que ocorre se não tratar?
Podem ocorrer complicações que acometem:
– a retina (camada do fundo do olho), causando a chamada retinopatia, que pode levar à cegueira
– os rins, causando a chamada nefropatia, o que pode levar à insuficiência renal com necessidade de hemodiálise
– os nervos das extremidades, causando dores ou anestesia, predispondo a úlceras e amputações
– as artérias que irrigam o coração, chamadas de coronárias, o que pode levar ao infarto do miocárdio e morte
7. Qual o tratamento?
Dieta apropriada. É recomendado o uso de hortaliças, leguminosas, grãos integrais e frutas, dentro do contexto de dieta saudável. Sal de cozinha deve ser limitado a 6g por dia. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas, sendo restritas a um limite máximo de 1 dose para mulheres e 2 doses para homens (1 dose = 360 ml cerveja ou 150 ml de vinho ou 045 ml de bebida destilada).
Atividade física regular. Exercício aeróbico de 3 a 5 vezes por semana aliado a exercício de resistência 2 vezes por semana. Um total de 30 a 60 minutos por dia ou 150 minutos por semana de exercícios contínuos, de moderada intensidade, ou 75 minutos por semana de exercício vigoroso.
Essas duas medidas visam atingir um índice de massa corporal <25kg/m2.
Tratamento medicamentoso oral (biguanida, sulfoniluréias, inibidor da alfaglicosidase, glitazona, gliptinas) ou subcutâneo (insulina, análogos do GLP-1).
Dra Rosane Ornellas Joenck CRM 1504 – Endocrinologista
“Clinica IMA – Atendimento Médico de Qualidade”