A hidrocefalia pode ser causada por tumores cerebrais que comprimem as vias de drenagem do líquor, pela meningite que é a infecção das membranas ao redor do cérebro e da medula, provocando um bloqueio da absorção do líquor e por um acidente vascular cerebral hemorrágico (derrame), quando ocorre um sangramento para o interior das cavidades. A hidrocefalia pode ser congênita, ou seja, a criança já nasce com o acúmulo de líquor no cérebro.
A hidrocefalia pode ser comunicante quando ocorre dificuldade na absorção do líquor, comum nos casos de meningite e hemorragias. A hidrocefalia não comunicante ocorre quando há um bloqueio no fluxo do líquor no sistema ventricular por estreitamentos ou compressões por tumores.
O tratamento mais comum é a derivação ventrículo-peritoneal que consiste na colocação de um tubo plástico dentro da cavidade cerebral, conectado a uma válvula e a um catéter que passa por baixo da pele e drena o líquido para a cavidade abdominal, onde é absorvido.
Atualmente, técnicas modernas permitem o tratamento de alguns tipos de hidrocefalia utilizando o endoscópio, criando uma saída do líquor das cavidades do cérebro para a base do crânio, restabelecendo o fluxo liquórico, não havendo a necessidade de se implantar uma válvula.
Dr. Rodrigo Leite de Morais
Neurocirurgião